terça-feira, 20 de março de 2018

LIVRÍSSIMO

LIVRÍSSIMO

Eu no livro me livro do que ignoro,
E me transporto então para além-mim...
Tudo que era verdade: Não e sim,
Ora soam como um vago desaforo.

Não importa se escrito ao riso ou choro,
Letra a letra me leva para o fim,
Aonde o olhar avança ainda assim
E se perde nos vãos que rememoro.

Porém no livro tomo a liberdade
De ser quem nunca fui; (jamais serei!...)
Seja eu herói, vilão, guerreiro ou rei...

Se em sua fantasia outra verdade
Que já da realidade me desperta
E, para o bem e o mal, a mim liberta.

Belo Horizonte - 20 03 2018

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