quarta-feira, 22 de agosto de 2018

ENXAQUECA

ENXAQUECA

Hipersensível, cubro-me as janelas
E submerjo em silêncio e escuridão.
Capto do ambiente cada vibração
Por carregar da dor suas sequelas.

Isto me é existir quando procelas
Põem à deriva mente e coração.
Atravesso a absoluta solidão,
D'outra noite sem lua nem estrelas.

Insônia, angústia, febre, forte estafa...
Verificação cíclica de dados,
Onde o fluxo de ideias engarrafa.

Findo em cerco aos meus eus enmimesmados,
Mas nada nem ninguém dentro se safa
E me abandono d'olhos bem fechados...

Betim - 21 08 2018 

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