terça-feira, 2 de outubro de 2018

TRÍBADES

TRÍBADES 
(sextina: belas, nuas, seios, dedos, lábios, sexos)

Quando em Lesbos se tocam duas belas,
A luz s'espalha sobre as costas nuas
Até lhes surpreender os alvos seios.
Sentindo o percorrer de suaves dedos,
Elas se amam entretidas com os lábios
A explorar a humidade de seus sexos.

Abandonam a atroz guerra dos sexos
E quanto lhes impõem por serem belas
Os homens que perfídias têm nos lábios:
No afã de lhes cobrir as faces nuas
Co'os véus dos himeneus por sujos dedos,
Proíbem-lhes o gozo dos  seus seios!…

Mas não! Têm-se uma n'outra as mãos nos seios
E ardem entumescidas por seus sexos,
Onde se lhes percorrem mútuos dedos.
Ao trocar entre si palavras belas
Elas, enternecidas, se olham nuas
Enquanto os ais de Vênus têm nos lábios.

Descendo por seus púbis ambos lábios,
Gozam-se, ora co'as mãos fortes os seios;
Ora co'as bocas pelas costas nuas…
Avidamente vêm juntar-se os sexos.
Ao que, n'um alongar de curvas belas,
Uma e outra se possuem com seus dedos

Molham em cada lábio os próprios dedos,
Tendo n'um beijo gozo pelos lábios.
Entregam-se ao prazer 'inda mais belas
E em cavalgada veem arfar os seios
Durante o friccionar mútuo dos sexos
Co'o néctar a escorrer nas coxas nuas…

Descansem suas belas formas nuas,
Enquanto pelos seios correm dedos
A ressentir nos lábios os seus sexos.

Nova Lima - 02 10 2018

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