segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

POR QUÊ?

POR QUÊ?

Às vezes me questiono se isso tudo
A que chamamos vida vale a pena...
Sim, saber da existência se mais plena
Que as coisas que busquei desde miúdo.

De corpo e alma; de forma e conteúdo,
Porfiar por uma aurora mais amena,
Entrementes a esperança nos condena
A só depois da morte o Além desnudo.

Eu olho ao meu redor e nada vejo,
Senão as sombras dúbias da caverna
Onde fora acorrentado a culpa e pejo.

E um mínimo clarão de Luz Eterna
Confunde se verdade ou se desejo
Esse mundo que em vultos mal s'externa.

Belo Horizonte - 11 01 2020

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