REPERTÓRIO
Mas eu, que apenas quis cantar o amor,
Há muito já não sei sequer amar...
Tenho as ideias tão fora do lugar
Que esquecer minhas letras é favor.
Se canto, é a embalar alheio ardor
E rasgo o peito para outrem folgar.
Pois sem amor (e até mesmo sem par!...)
Sentimentalidades sei supor:
Eu subo uma outra vez para a berlinda
Somente repetindo que ela é linda
N'algum refrão que não me diz mais nada.
Mas eu, que tenho apenas desencanto,
Do repertório (ainda amando tanto!...)
Eu solto a minha voz emocionada.
Betim - 26 09 2020
Espaço para exibição e armazenamento de poemas à medida que os vou escrevendo. Espero contar com o comentário de leitores atentos e gente com sensibilidade poética por acreditar que o poema acabado não precisa ser o fim de uma experiência, sim o início de um diálogo.
domingo, 27 de setembro de 2020
REPERTÓRIO
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