DESAPEGO
Aquilo que foi meu não me possui;
Eu deixo para quem melhor servir.
Se não busco ao passado o meu porvir,
Tampouco resto à casa enquanto rui.
Eu não me sinto preso a quem já fui.
Mas, mesmo que difícil de admitir,
Percebo mais leveza em ir e vir
E o mundo é hoje o mestre que me instrui.
Levo comigo só o que consigo
Pois não pretendo lar o meu abrigo,
Visto que parto assim que amanhecer.
Pessoas? Resvalar de convivências...
Não acumulo mais que experiências
Certo de que não sou o que sei ter.
Bonfim - 07 09 2025
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