terça-feira, 9 de setembro de 2025

DESAPEGO

DESAPEGO


Aquilo que foi meu não me possui;

Eu deixo para quem melhor servir.

Se não busco ao passado o meu porvir,

Tampouco resto à casa enquanto rui.


Eu não me sinto preso a quem já fui.

Mas, mesmo que difícil de admitir,

Percebo mais leveza em ir e vir

E o mundo é hoje o mestre que me instrui.


Levo comigo só o que consigo

Pois não pretendo lar o meu abrigo,

Visto que parto assim que amanhecer.


Pessoas? Resvalar de convivências...

Não acumulo mais que experiências

Certo de que não sou o que sei ter.


Bonfim - 07 09 2025

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