O VISIONÁRIO
De ver o que há-de vir eu já nem vejo
O que diante dos meus olhos está.
Dividido entre o que há e o que haverá,
Construo pontes feitas de desejo.
Ideando de lampejo em lampejo
Um mundo todo novo que virá.
Eu visiono o futuro desde já
Nas linhas das alturas que planejo.
De viver quem vou ser eu já nem vivo
O que diante de mim deveras é
Como se sempre absorto sem motivo.
Atravesso a cidade (a vida até!...)
Andando sem ver, introspectivo,
Quase sem chão debaixo do meu pé.
Betim - 03 04 2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário