VELÓRIO
A vela acesa, o fósforo apagado...
Sobre a mesa os distingo pensativo:
"Se para morrer basta-se estar vivo,
Eis aqui vida e morte lado a lado!"
A luz a propagar-se é antes Fado,
Que às trevas devassava imperativo.
Resta apenas prantear sem lenitivo
Tudo o que agora fica no passado.
O fósforo apagado, a vela acesa...
Se este ardeu sua vida com presteza,
Aquela se consome lentamente.
Em chamas, todavia, vão queimar
Seja ligeiro; seja com vagar,
Como luz que alumia indiferente.
Betim - 04 07 2017
Espaço para exibição e armazenamento de poemas à medida que os vou escrevendo. Espero contar com o comentário de leitores atentos e gente com sensibilidade poética por acreditar que o poema acabado não precisa ser o fim de uma experiência, sim o início de um diálogo.
quarta-feira, 5 de julho de 2017
VELÓRIO
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