DESQUITE
Eu não gosto de não gostar de ti
Tanto quanto não gosto d'estar triste.
Acontece que exacto o que anteviste
Revelou-se 'inda pior quando o vivi.
Desilusões à parte, percebi
Que nem o amor aos factos já resiste...
Tudo o que nos passou não mais existe,
Senão vaga miragem do que vi.
Estamos quites como sempre quis:
Devolvo-te de novo ao meu passado
E estás livre de mim, como se diz.
Obrigado por já desobrigado
Da culpa de te ver tão infeliz
Depois de tantos anos ao meu lado.
Betim - 05 05 2005
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