ASSOMBRAÇÃO
Não andes pela estrada da ribeira,
A mesma que vai dar no mangueiral.
Além d'aquela curva, o bem e o mal
Têm para si uma última fronteira.
Jamais vá por ali sem companheira,
Tampouco adentre ao sítio seu portal:
N'ele vaga alguma alma tal e qual
A que nos vela a noite derradeira...
Apressa-te ao passares sob o luar,
Senão na encruzilhada a atravessar
O medo te domina com sua arte.
Pois muito pior que a morte, este terror
Te livra de armadilhas d'opressor
Que ronda ao teu redor por devorar-te!
Betim - 29 03 2018
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