AEROMODELOS
Uma incursão de caças pelo teto
Do quarto do garoto sonolento…
A guerra aérea, seu divertimento,
Paira em fios acima do alfabeto.
De A a Z, era o seu alvo predileto:
Ter as letras na mira no momento
Quando seus olhos põem em movimento
Aeroplanos n’um voo ultrassecreto:
No alto, canhões de luz de antiaérea
Varrem as altas nuvens contra os ases
Pela imaginação cruzando audazes.
A lua na tomada brilha etérea…
Logo o Barão Vermelho é abatido,
Quando o menino cai, adormecido.
Belo Horizonte — 20 05 1994
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