SOLEDADES
Às vezes, entre as horas vagabundas,
Deixo o olhar me levar pelos caminhos
E alonjar-me por páramos sozinhos
De vidas tão mundanas quanto imundas...
É por estas alturas infecundas,
Onde o cume contrasta aos céus vizinhos,
Que troco os meus problemas comezinhos
Pelas imensidades mais profundas...
Aonde nem um eco de voz chega,
Enfim meu coração desassossega
No encontro do silêncio que me apraz:
-- "Soledades dos altos do penedo...!
A mirar tão sem ânsia quão sem medo,
Sim eu, aqui e agora, estou em paz".
Belo Horizonte - 06 10 2021
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