DISSIDENTES
Não. Os homens não são todos iguais,
Embora sejam muito parecidos
Na dor, no amor, na morte… Seus gemidos
Soam, no espaço e tempo, universais.
E se tão humano o homem nos seus ais,
Tão mais os dos então des-existidos
Que vão para a fronteira ressentidos
E ao exílio sem adeuses pelo cais…
Agora olham de fora a sua terra
E veem que no poder como na guerra
Há aquele que manda e o que obedece
Enquanto isso, os de facto traidores
Continuam trazendo os seus terrores
Ao povo que, em silêncio, mais padece.
Belo Horizonte - 25 03 2022
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