domingo, 18 de junho de 2023

À LUZ DE LAMPARINA

À LUZ DE LAMPARINA


Luz, de fio a pavio, à escrivaninha,

Enquanto a pena corre no papel,

Aquela débil chama, cujo cordel

Queimando lentamente cada linha.


Na noite mais escura e mais sozinha,

Tinha a mente febril; peito em tropel…

Escreve — sem patrão e sem troféu —

Rimas tantas quantas lhe convinha.


Arde no seu olhar a mesma luz,

Que pela escuridão a mão conduz,

N’essa ânsia de traçar letra após letra.


De sorte que ilumina o mundo inteiro

Tal luminar à guisa de candeeiro,

Quando a escrita com arte mais penetra.


Betim - 18 06 2023


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