quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

BONANÇA

BONANÇA


Mil sóis brilham depois da tempestade

Em largas poças d’água a encher a rua.

Espelha-se dourada a aurora nua

N’um quadro de ideal tranquilidade.


Como se virginal, toda a cidade

Por entre brumas brancas se insinua.

Amanhece em silêncio e continua

Tudo imerso em intensa claridade.


O aguaceiro que caiu a noite toda

‘Inda escorre nas pedras do caminho

Onde chapinha alegre um passarinho.


Nada aqui me aborrece ou me incomoda.

Outra manhã lavada e reluzente 

Fazendo a terra nova novamente 


Belo Horizonte - 19 01 2024


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