quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

A COR DOS OLHOS

A COR DOS OLHOS 


Meus olhos, tão comuns que não costumo  

Vê-los senão nos teus, verdes espelhos.

Se eu os tenho co’os meus quase parelhos,

Veem, sem quê para quê, fora de prumo.


Pois, ao vê-los em ti, vejo que velhos

Qual dois astros no ocaso de seu rumo…

Deveras, logo a vista eu desarrumo,

Como se olhasse um sol sem aparelhos.


Castanhas bem escuras, as pupilas

Parecem rebrilhar por sobre as tuas,

Até reverdecerem, cá, as duas.


Lúcida e claramente, tu cintilas!

Tão bela a cor dos olhos que me querem,

Que mais belos meus olhos por te verem.


Betim - 18 12 2024


Nenhum comentário:

Postar um comentário