quinta-feira, 27 de setembro de 2018

CODICILO


CODICILO

Pelo presente escrito a próprio punho 
E com pleno poder das faculdades,
Expresso as minhas últimas vontades 
Em dar, perto da morte, testemunho.

Deste modo: "Nos idos já de junho, 
Vendo me sem porvires nem verdades, 
Disponho  do que é meu com liberdades 
E dou fé às más firmas que cunho:"

"Minha mobília e roupas podem doar,
Mas meu dinheiro o enterro há-de pagar, 
Tão pouco me servira quando vivo…"

"Meus versos deixo a quem os souber ler 
Mais os livros escritos sem saber 
Ao fim para viver qualquer motivo."

Contagem - 03 06 2004

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