quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

ROMPANTE

ROMPANTE 
 
Não me disse palavra. Apenas foi... 
Deixou atrás de si – agora penso –  
Esse silêncio abrupto quase infenso, 
De vê-la partir sem sequer um oi. 
 
Antes, urrou que nem bumba-meu-boi 
A saltitar no chão, perdido o senso! 
Depois, ensimesmou-se n’um pretenso
Fastio de quem muito se condói…
 
A despeito de tudo, não lamento 
Sua partida em meio ao desalento 
De mais uma conversa amargurada. 

Lamentaria, sim, toda uma vida, 
Às voltas com franqueza desmedida:
Dizer a coisa certa na hora errada…
 
Betim – 10 12 2014 

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