CASA DE REPASTO
-- "Dai-me, se vos apraz, da miscelânea
Enquanto o caldeirão ferve culturas!
Temperai com exóticas misturas
E a língua vos degusta a coletânea."
"Chamada geração não-espontânea,
Àcida faz-se face às amarguras,
Cuja safra de poemas e imposturas
Já me embriaga de luz contemporânea."
"Um caldo restaurante, por favor!
Um cálice de vinho ou de licor!
Servi-me, eu vos peço, sem demora..."
"Quem dá sabor à língua senão poetas?
Dizei de vossas obras incompletas
Quão intensas as letras são agora!"
Betim - 15 01 1999
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