DESESPERANÇA
Às voltas co'os excessos do presente,
Andava com saudades do futuro.
Até me acostumei a ver no escuro
De tanto não ter nada à minha frente.
A decepção me fez indiferente,
A ponto de ignorar onde é seguro.
Há tempos que não sonho nem procuro
Senão obrigações de displicente.
Se já não sei torcer pelo melhor,
Tampouco me preparo pr'o pior:
Apenas sigo sombras pela noite.
Entrementes, os homens passarão
E a História julgará se a escuridão
Veio pela ilusão ou pelo açoite...
Belo Horizonte - 14 08 2018
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