quarta-feira, 21 de agosto de 2019

POUR L'ENNUI

POUR L'ENNUI

Quem por acaso vir estes meus versos
Não cuide já qu'eu seja grande ou médio,
Em busca de meus eus vários dispersos
Ou a ponto de querer morrer de tédio...

Não leia como a bula d'um remédio,
Que se preste a desejos controversos
E nem me desconstrua feito prédio
Onde habitem os sonhos mais perversos.

Leia como parece: Como um poema.
Se não lhe parecer, não tem problema...
Talvez não seja ainda o seu momento.

Mas se for, por favor, sempre me leia
Sensível ao que mais se lhe permeia,
Deixando ao fim algum contentamento.

Belo Horizonte - 20 08 2019

Nenhum comentário:

Postar um comentário