AMIGOS DAS LETRAS
Livro em punho, reúnem-se na praça
Para o Encontro Marcado desde a aurora…
Em meio ao burburinho, quem lá passa
Mal percebe a conversa vida afora,
Que o bronze, patinado, lhes embaça,
Enquanto a eternidade se demora.
Vates, deram à pena qualidades
Que envolvem suas almas de saudades.
E a cidade que viu seus nobres passos
Agora os rememora ternamente
Em cena que alheava dos cansaços
Pessoas que os indagam, frente a frente:
Imaginam nos livros os espaços
Onde a hora d’elas próprias se apresente…!
Ávidas de encontrar nas narrativas
Uma vaga certeza que estão vivas.
Belo Horizonte - 05 05 2021
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