UMAS POUCAS COISAS
Não preciso de nada, senão tudo
Que tu — e apenas tu! — possas me dar.
Careço de que venhas te aninhar
Junto ao meu peito tépido e desnudo.
Ali, maravilhado e ainda mudo,
Sei que vou teus cabelos ondular
Até que incerto da hora ou do lugar
Consiga te tocar sob o veludo.
Necessito de ti -- e de mais nada —
Ou melhor, de admirar tua mirada
Onde esmeraldas lúcidas; brilhantes…
Tamanha a precisão de te querer,
Que me faz sonhar sem adormecer
Com teus olhos nos meus enfim amantes!
Betim - 30 03 2022