segunda-feira, 23 de maio de 2022

SEM-QUÊ-NEM-PARA-QUÊ

SEM-QUÊ-NEM-PARA-QUÊ


Vezes há em que nada é mais como era

E as pessoas se afastam de repente.

Amigos, tive-os sempre complacente,

Certo de que vão quando não s’espera.


Um desentendimento; uma quimera,

E já não compartilham meu presente…

Se a eles decepciono tão-somente,

Tampouco fico preso a quanto houvera.


Uma coisa de nada a história toda.

Para abruptas rupturas, não obstante,

E outras mágoas terá sido o bastante.


Vá eu me resignar ao que-se-foda! 

Pois, antes e afinal incompreendido,

Que ainda mal falado e mal querido.


Belo Horizonte - 21 05 2021


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