ENSURDECEDOR
Uma bomba a faiscar fio a pavio,
Que logo engole tudo pela frente.
Vaza tímpanos... Zune tão-somente,
Como fosse um uníssono vazio.
Era zumbido zoando de assovio
E mais nada de vozes de mais gente.
Ao redor parecendo tudo ausente,
Enquanto cada mente em desvario.
Mas depois do estampido, um alvoroço
Onde braços e pernas agitadas
Em meio ao irreal silêncio das calçadas.
Quem mantiver cabeça no pescoço,
Tenha para si quanto o instante aterra:
Eis a música da arma; o som da guerra!
Betim - 16 09 202
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