sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

COMO NÃO?

 COMO NÃO?


Devo dizer que não. É necessário.

Mais do que isso, eu penso: Imperativo!

Às vezes, afirmar-se é negativo,

Mas responde ao loquaz autoritário.


Eu lhe nego e renego se redivivo

Um sentimento ruim de solitário.

No final, resta o pasmo involuntário

De quem recebe o não e seu motivo.


Ainda que não fosse um despropósito,

Não sou fardo a guardarem no depósito,

Mas, contra o feiticeiro, o seu feitiço!


Devo dizer que não. Sim, acontece.

Mas, compreendido ou não, cá me parece,

Como andasse em terreno movediço…


Betim - 26 12 2024


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