sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

GOTA A GOTA

GOTA A GOTA


Tamborilava a chuva no telhado 

Enquanto começava a clarear

Co'os olhos s’entreabrindo devagar,

Ressentidos do sono abandonado…


Era ainda um silêncio atravessado

Pelas gotas da calha a transbordar

Por sobre ideias fora de lugar 

E todo aquele alvor de lado a lado.


Imerso n’uma espécie de entressono,

Seguia o batucar hipnotizante,

Livre de desencanto ou desengano


Fora não se sentir senão errante

Na semiconsciência do abandono,

Em quase tudo ao nada semelhante.


Betim - 12 12 2024





 

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