O PECADOR
Têm meus olhos a exacta e vã medida
Da extensão da maldade que há no mundo.
Executei-e-sofri o mal, fecundo
Foi seu lavrar por toda a minha vida
Anos de mocidade à inadvertida
Experimentação do que é imundo!
Busquei sempre prazer, poço sem fundo,
Atrás d'uma beleza corrompida...
A esconder-me do bem, relativizo.
Até que se me impôs, sem prévio aviso,
A minha volta triste e maltrapilho.
Mas espero, por fim, não por meu mérito,
Sim pelo amor d'Aquele cujo inquérito,
Far-me-á, embora pródigo, seu filho.
Betim - 02 11 2008
Espaço para exibição e armazenamento de poemas à medida que os vou escrevendo. Espero contar com o comentário de leitores atentos e gente com sensibilidade poética por acreditar que o poema acabado não precisa ser o fim de uma experiência, sim o início de um diálogo.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
O PECADOR
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