terça-feira, 29 de maio de 2018

FIM DA LINHA


FIM DA LINHA

Já não vivo esperando pelo dia
Que as contas estivessem todas pagas;
Ou por promessas débeis de tão vagas,
De que a felicidade chegaria.

Não conto com nenhuma fantasia 
De me lerem alhures minhas sagas,
Tampouco de folgar por belas plagas,
Pois só de poetas mortos a Poesia...

Pretendia antes ser que me tornar:
Não fui senão eu mesmo, no lugar
De ir de rastros na trilha do sucesso.

E embora me surpreenda o fim da linha,
Eu pouco fiz do tempo enquanto vinha...
Um tanto quanto atônito, eu confesso.

Betim - 28 05 2018



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