quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

CABEÇA-DE-PONTE

CABEÇA-DE-PONTE

Por que esperar que o amor nos salve a vida,
Se, enquanto ciclo, apenas se repete?
Assim, desde qu’eu tinha dezessete,
Um novo vão de guerra e paz valida.

Outra vez, qual vanguarda destemida,
Desejo que o vazio mse complete.
Embora não entregue o que promete,
Trocando de senhor, nunca de lida…

Avança por meu peito tão inglório,
Palmo a palmo, ganhando território,
Até que o corpo inteiro me conquiste.

E enfim, a perpetuar a minha sina,
Inelutavelmente me domina,
Como se fosse tudo quanto existe…!

Betim — 27 02 2020

Nenhum comentário:

Postar um comentário