segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

AMBOS OS DOIS

AMBOS OS DOIS


Nós somos, eu e tu, dois desvalidos,

Que se reveem depois de mil azares…

Ambos a suspirar por novos ares

E até nos sofrimentos parecidos.


Sim, uns seres ambíguos, divididos

Entre cumprir deveres ou folgares!…

Deixando vãos por todos os lugares,

Mesmo ainda entre si desconhecidos.


Agora juntos, pela escuridão

Caminhamos confusos, mão a mão,

Temendo o fundo abismo logo ao lado.


Atravessemos outra madrugada!

Visto que não o fim, sim a jornada

Clareie tanto o presente que o passado.


Betim - 10 01 2021


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