AMBOS OS DOIS
Nós somos, eu e tu, dois desvalidos,
Que se reveem depois de mil azares…
Ambos a suspirar por novos ares
E até nos sofrimentos parecidos.
Sim, uns seres ambíguos, divididos
Entre cumprir deveres ou folgares!…
Deixando vãos por todos os lugares,
Mesmo ainda entre si desconhecidos.
Agora juntos, pela escuridão
Caminhamos confusos, mão a mão,
Temendo o fundo abismo logo ao lado.
Atravessemos outra madrugada!
Visto que não o fim, sim a jornada
Clareie tanto o presente que o passado.
Betim - 10 01 2021
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