OS AREAIS DO RIO DOCE
Aparecem ilhotas d’areia clara
Pelo meio do rio quando é seca
E o sol, como se diz na fala jeca,
Esturricava o chão da coivara.
Lá da estrada de ferro as avistara
Chamando a meninada mais sapeca
A pular n’água feito perereca,
N’um recreio sem cuidados e sem vara…
“Aproveita teu dia!” — pareciam
Dizer esses areais que apareciam
Repletos de crianças e mulheres.
No desejo de praias fluviais
— Que hoje estão e amanhã não estão mais… —
Há todo o Paraíso e seus prazeres.
Naque - 22 07 2015
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