POAIAS
Diz-que n’estes rincões de matas claras
Buscavam sertanistas por poaias
Munidos de facões e de azagaias,
Entre terras inóspitas, avaras…
Ervas de garrafada; das mais caras,
Tidas por panaceia n’outras praias.
Urgiam boticários e outras laias
Suas acções eméticas e amaras.
Escambos de cachaças por raízes
Deixaram mais histórias infelizes
No encontro entre gentios e poaieiros
Foi assim que em sertões do rio Doce
A cura dos achaques se nos trouxe
A febre da ganância por dinheiros.
Caratinga - 24 07 2015
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