terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

CASARÃO

CASARÃO


Junto do parapeito da janela,

Miro e remiro o largo citadino.

Há n’esse meu mirar algo menino,

Que mais dentro que fora se revela.


Miro e remiro a velha cidadela,

Enquanto ao parapeito escuto o sino.

Há n’esse meu mirar um desatino,

Cujo encanto profundo me desvela.


A lua sai detrás da serrania

E logo a rua toda parecia

Banhada em fantasia enevoada.


Há n’esse meu mirar um bom proveito:

Eu, da janela, junto ao parapeito,

Miro e remiro a noite enluarada.


Betim - 25 02 2025


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