segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

DESREALIZAÇÃO

DESREALIZAÇÃO


Olho em volta e nada é como seria

Ou como deveria… Não me sinto

Parte do que me cerca: Fogo extinto

Em terra calcinada e baldia.


Nada mais cá me serve de valia

E desconfio até do que desminto.

O mundo se tornou algo distinto

Por sob cinzas de vã melancolia.


Eu vejo o que foi feito ser desfeito…

Perco o preciso em face do perfeito

Com risco de não ter nada no fim.


Passo por lacunar ou intransigente,

Pois ando para trás para ir em frente,

Aceitando que tudo é mesmo assim.


Betim - 14 02 2025


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