quarta-feira, 16 de abril de 2025

A PERDER DE VISTA

A PERDER DE VISTA

No alto da grande serra, a imensidão.
Olho e vejo as montanhas na distância
E deixo o olhar perder-se pela errância
De quanto há de aventura ou solidão.

Perto demais do céu e preso ao chão,
Percebo sentir tal desimportância,
A ponto d’eu me ver sem arrogância,
Em face da vastíssima extensão.

Por artes de berliques e berloques,
Vim dar n’estas alturas desoladas
Até descortinar todo o horizonte.

Céus e terras azulam-se desfoques.
Miragens na miopia aquareladas,
Em tudo quanto vi além-defronte.

Brumadinho - 13 04 2025

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