segunda-feira, 25 de agosto de 2025

A PLENOS PULMÕES

A PLENOS PULMÕES Puxava o ar co’a urgência de afogados, Como estivesse a vida por um fio, N’um respirar frenético e sombrio, Ainda d’olhos vãos e esbugalhados. Desabo sobre mim sem mais cuidados, Arfando pelo chão como um vadio. Talvez olhasse a morte em desafio, Reduzido a suspiros extenuados. Mas, além de tudo isto, o coração… Batendo acelerado em explosão, Quase que já me saindo pela boca. E esse sopro, momento após momento, Pareceu-me a própria alma em movimento, Quando o corpo a si mesmo se provoca. Betim - 24 08 2025


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