quinta-feira, 7 de agosto de 2025

SARDÔNICO

SARDÔNICO


Sorriu como sorri um assassino 

Em face da mulher desfalecida.

Dir-se-ia a lhe roubar a própria vida,

Tendo por entre as mãos o seu destino.


Logo ela o olhou surpresa, em desatino,

Como lhe adivinhasse a mal contida

Estupidez da mente envilecida,

De vão e malicioso libertino.


Fugiu de seu olhar a mascarar-se

E ocultar-lhe a maldade no disfarce

De bom moço que usara até ali.


Ela, porém, afasta-se com medo,

Após ter descoberto seu segredo,

Enquanto ele sorria para si.


 Betim - 07 08 2025


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