quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

KNOCK-OUT

KNOCK-OUT

Tem vez que a gente cai e não levanta.
Quando de baixo acima, bem no queixo,
Me acerta um soco seco por desleixo
Da guarda pouco abaixo da garganta...

Inerte sobre a lona feito planta,
Qualquer plano que tinha ali eu deixo.
E mesmo semimorto mal me queixo,
Enquanto o oponente se agiganta.

A multidão vibrando enlouquecida
Nem cogita se ainda tenho vida,
Ocupada em saudar o vencedor

Ao fim, co'o rosto bem desfigurado
Figuro qual tornasse do seu lado,
Maior sua vitória em minha dor.

Belo Horizonte - 13 01 2019

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