sábado, 16 de julho de 2022

ALDEBARÃ

ALDEBARà

 

Quando de noite, à abóboda infinita,  

Surges a guardar quanto se constela  

Em Touro, que por seu olho revela  

A estrela mais vermelha e mais bonita... 

  

És aquela que há tempos se acredita  

Quem sobre teu poeta o sono vela. 

Permite-me ao menos ser, imensa estrela,  

Um planeta que ao largo te gravita. 

 

Possa eu refletir os olhos teus 

E, pela tua luz, luzir também 

A ponto d'eu ser para ti alguém. 

 

Ou senão, vem me dar o último adeus 

E mais um beijo só de despedida 

Para lembrar de ti por toda a vida. 

 

Betim – 19 03 2013 

Nenhum comentário:

Postar um comentário