quinta-feira, 7 de julho de 2022

APESAR DE TUDO

APESAR DE TUDO


Deixo para o futuro qualquer senso,

Por um risco que ainda valha a pena.

Sim, sem amor a vida se apequena,

Sobretudo sabendo-o algo imenso!


Tudo o que se perdoa volta, eu penso,

Mais dia ou menos dia em voz serena,

Que já não questiona nem condena;

Apenas reconhece quando intenso.


Sob pena de passar por incoerente,

Eu me julgo incapaz de julgamento

Como alguém tão culpado que inocente:


Se em meio a solidão, em dor de morte,

Fui com razão-mas-sem-contentamento,

Com amor, vou sem-pressa-pois-sem-Norte.


Betim - 07 07 2022


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