quarta-feira, 27 de julho de 2022

RANZINZA

 RANZINZA


Eu fico a reclamar de tudo e nada

Como se irritação quase constante

Se tornasse um estado delirante,

Atravessando toda a madrugada.


Lavo-me para a próxima jornada

D'olhos fundos em face a um sol gigante...

Cidade afora, sigo meio errante

E imerso n'uma sombra enevoada.


Por vezes, eu... --  em ápice de fúria -- 

Tomo qualquer censura como injúria

E reajo com violência desmedida.


Tudo sem externar o que na mente

Me faz passar oculto em meio à gente

Outra estranha fantasia de homicida.


Betim - 27 07 2022

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