terça-feira, 26 de dezembro de 2017

À NOITE

À NOITE

Escureceu e apenas vagalumes
Luzindo aqui e ali pelo caminho...
Nos longes, relampeava bem clarinho
Instantâneos de serras e seus cumes.

Em concerto ritmado nos friúmes
Acordes que nas sombras adivinho:
Dois sapos coachando e um passarinho
Responde assoberbado de ciúmes...

Nem lua nem estrelas vêm brilhar
Tão carregado o céu de nuvens grossas
Pouco antes d'um dilúvio desabar.

Libélulas chapinham pelas poças
E as corujas azulam do lugar
Co'a chuva que abençoa nossas roças.

Pará de Minas - 26 12 2017

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