ULTRARROMÂNTICO
Amar, não para ter família e filhos
Ou envelhecer tentando ser feliz!...
Sim para querer mais do que já quis,
Alheio a conveniências e empecilhos.
Dois a morrer d'amor, feito andarilhos,
Que têm no coração seu vasto país
Todo eterno amador, como se diz,
Há-que buscar aos olhos novos brilhos.
Amor, como sentido e até destino,
Da forte correnteza que nos leva
Indiferentes se à luz ou para a treva...
Pois, ainda que um outro desatino,
Sê tu no peito amante quem de novo
Me leva ao mal-d'amor que agora trovo.
Betim - 15 01 1998
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