ÀS ARMAS
Quando escrevo, nem pena nem espada:
Ponho o cano apontado para mim,
Esperando o estampido pôr um fim
À história que deixei inacabada…
Minha vida talvez não valha nada
E os poemas nem um tiro de festim,
Entretanto, à poesia dou meu sim,
Enquanto a minha voz não for calada.
Chamem os bois por seu devido nome,
Mas não se negue a ardor que os consome
No eufemismo de não falar a sério.
Assumam na violência d'esses meios,
Haverem como fins de seus anseios,
Às armas, uma paz de cemitério…
Ibiá - 14 10 2018
A campanha #PoesiaSim é uma iniciativa de combate ao fascismo em ascensão na sociedade brasileira. Tendo em vista todas as manifestações ao redor do país, nós como artistas, não podemos nos calar diante da barbárie que assombra a nação. Seremos resistência.
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