POR VIA DE REGRA, para Marielle Franco
Com efeito, era negra e era mulher.
Estatisticamente, o seu lugar
Não era este que soube ela ocupar,
Incomodando os donos do poder.
Dignou-se pela coragem e o saber
E quantos a ela vieram destratar
Antes tinham em mente lhe calar,
Que verdadeiramente algo a dizer...
Aquela linda e sábia mulher negra
Fora a exceção que só confirma a regra
De ser o mundo para alguns somente.
Inobstante, nem mesmo a sua morte
Há-de calar-lhe a voz sempre mais forte:
Marielle, mulher eleita — "Presente!".
Belo Horizonte - 04 10 2018
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