O MISANTROPO
Nunca esquece o ofendido àquela ofensa
Que fez lhe arder o peito, por maldade.
Tampouco o esbofetar da Autoridade
Em nome de justiça ou luz pretensa.
Não importando como ao fim se vença,
A história do vencido à obscuridade
É legada a despeito da verdade,
Depois de submetido à força intensa.
Embora vitimado, eu me recuso
A ser mais uma vítima do acaso
Ou escravo de domínio tão obtuso...
Pois, contra a tirania e contra o atraso,
Antes me libertar sendo recluso
Do que compactuar com seu descaso.
Betim - 14 09 2019
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