sábado, 14 de setembro de 2019

O MISANTROPO

O MISANTROPO

Nunca esquece o ofendido àquela ofensa
Que fez lhe arder o peito, por maldade.
Tampouco o esbofetar da Autoridade
Em nome de justiça ou luz pretensa.

Não importando como ao fim se vença,
A história do vencido à obscuridade
É legada a despeito da verdade,
Depois de submetido à força intensa.

Embora vitimado, eu me recuso
A ser mais uma vítima do acaso
Ou escravo de domínio tão obtuso...

Pois, contra a tirania e contra o atraso,
Antes me libertar sendo recluso
Do que compactuar com seu descaso.

Betim - 14 09 2019

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