HEDIONDO
O que pode ser pior do que ferir
Alguém que, vulnerável e inocente,
Oferece-te a face sorridente,
Esperando empatia em seu sorrir?
Há desumanidade em se admitir
Que a dor alheia possa estar presente
Em meio ao teu prazer inconsequente
Ou à tua indiferença em presumir?
Das duas uma: Ou fazes vistas grossas;
Ou te nutres, vampiro, do mais jovem,
Em cuja pele imberbe os dedos roças…
És assassino d’almas! Mais reprovem,
N’este egoísmo extremo em que remoças,
As lágrimas que nunca te comovem!
Belo Horizonte - 20 10 2022
Nenhum comentário:
Postar um comentário