MOSAICO DE ROSTOS
Às vezes me pergunto para quê
Passar dias e noites entre versos...
Cogitar insabidos Universos
Em páginas que quase ninguém lê.
Mas, 'inda que careça d'um porquê,
Sigo com meus escritos controversos.
De qualquer modo, os vejo hoje dispersos,
A granjear de leitores a mercê:
A um mosaico de rostos ignorados
-- Ao qual chamam de público -- eu escrevo
E m'esforço por seus olhos cansados.
É por eles que a versos eu me atrevo
E busco, para mal de meus pecados,
Aplausos a este poeta já longevo...
Betim - 05 10 2019
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