segunda-feira, 9 de novembro de 2020

COM SOFREGUIDÃO

COM SOFREGUIDÃO

Bebo como morresse já de sede
Os beijos que t'escorrem pela boca.
Enquanto tua língua me provoca,
Promessa de prazeres me concede.

Se, nas noites do Norte, n'uma rede 
Meu corpo no teu corpo se desloca,
Amo até entender minha mente oca:
Carícia que se quer e não se pede...

Tu, oásis no deserto atravessado,
Tens a minha sequidão dessedentado
Qual fonte generosa aos borbotões. 

Bebo como vivesse de teus beijos,
Todo entregue à avidez d'estes desejos
Teu corpo no meu corpo em sensações.

Belo Horizonte  - 03 11 2020

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